quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Somos Espíritos - 4

 
Massacre dos Cátaros
 

De perseguidos a perseguidores...


Como se sentiriam os cristãos dos primeiros séculos da nossa Era, os primeiros cristãos, sujeitos a perseguições e massacres - e ainda assim orando pelos seus carrascos - se soubessem que séculos mais tarde a mensagem de Jesus seria tão deturpada? Que haveria igrejas organizadas, institucionais, com hierarquias rígidas, com os seus próprios exércitos, sempre prontas a esmagar qualquer manifestação que se afastasse da norma decretada pelos chefes supremos?

A palavra grega ekklesia, que designa uma assembleia, ou um conjunto de pessoas que se junta para orar, transformou-se em designação de poderosos organizações e Estados.

A Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa, que foram fundadas no século XI, dividiram o mundo conhecido de então. Oriente para os Ortodoxos, Ocidente para os Católicos.

A Igreja dita cristã perseguiu e executou todos os que fossem suspeitos de se afastarem da forma de pensar oficial. Porquê? Pelo medo de que novos movimentos viessem abafar a autoridade "oficial". Eram assim declarados heréticos e sumariamente executados.
 
Foi o caso dos Cátaros, um grupo cristão que não reconhecia a autoridade de papas nem de bispos, que considerava as mulheres iguais aos homens e consentia que estas pregassem, que recusava a Hóstia (apenas repartiam o pão), e que acreditavam na reencarnação.
 
A Cruzada contra os Cátaros iniciou-se em 1209 e durou cerca de 35 anos. Coube a Simon de Montfort sob as ordens do Papa Inocêncio III. Massacres cruéis e diversas batalhas abalaram as regiões de França onde o grupo religioso tinha implantação.
 
Em 1307 seriam os Cavaleiros Templários a perecer nas fogueiras da Inquisição, acusados de heresia, num processo nunca esclarecido.

Tanto no caso dos Cátaros como no dos Templários, os bens foram saqueados, os possíveis focos de livre pensamento foram extintos, o medo venceu e aos perseguidores foram prometidos lugares no Céu e outras benesses...

 
11.7.09

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