segunda-feira, 7 de novembro de 2016

O I Congresso e a Federação Espírita Portuguesa

 
 
Se percorrermos hoje o mapa das associações espíritas em solo português, o Algarve é das regiões em que a nossa filosofia está mais representada. Era assim já no início do século, e pertenceu à União Espírita do Algarve a iniciativa dos primeiros congressos espíritas realizados em Portugal, ainda a nível regional.

Com a resposta positiva aos dois primeiros congressos regionais do Algarve, em 1925 os espíritas portugueses abalançaram-se à organização do I Congresso Espírita Português. Teve lugar em Lisboa, nos dias 15, 16, 17 e 18 de Maio, teve grande afluência e qualidade nas comunicações apresentadas, reconhecida, de resto, pela Imprensa não espírita da Capital.

Alguns nomes sonantes da sociedade portuguesa da época eram grandes entusiastas do Espiritismo e foram grandes impulsionadores deste I Congresso. Algumas destas figuras, anos antes, tinham feito parte do Instituto Internacional de Psicologia.

Alguns exemplos:

Viriato Zeferino Passaláqua (general); António Joaquim Freire (médico e escritor); Acácio Martins Velho (advogado e escritor); João José da Silva (magistrado); Leonardo Coimbra (filósofo, professor e político); Amélia Cardia (médica e escritora); Adolfo Sena (docente da Faculdade de Ciências de Lisboa); Maria O'Neill (docente da Faculdade de Ciências de Lisboa); Pedro Cardia (jornalista); António Lobo Vilela (matemático e escritor); Artur Sangreman Henriques (major); João Catanho de Menezes (advogado e político);

Cerca de um ano depois, nascia a Federação Espírita Portuguesa, a 26 de Maio de 1926. Não foi tarefa fácil a redacção dos Estatutos e a condução de todo o processo legal, a cargo de António Joaquim Freire. Contudo, a 31 de Março, em sessão solene, a F.E.P. triunfava dos espinhos do caminho e anunciava os seus propósitos de promover a divulgação da Doutrina Espírita, a união dos espíritas portugueses, e o combate aos charlatães oportunistas que já então usavam indevidamente o qualificativo de "espírita" para iludirem os incautos e fazerem da mediunidade paga e de outros expedientes, seu modo de vida.

Na imagem: Acácio Martins Velho, o primeiro Presidente da Federação Espírita Portuguesa.

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