
ola tenho 27 anos e quando era pequena a minha mae apanhava-me mts vezes a brincar na cama durante a noite e quando me dizia para dormir eu dizia que estava a brincar com o velho na altura o meu padrinho levou-me a uma senhora que me fechou o cofre isto e possivel ?
Esta questão foi-nos deixada por uma leitora num dos posts dedicados á questão do "cofre aberto".
Pergunta-nos se é possível.
1.
Brincar com alguém que mais ninguém vê, é possível, sim. Pode ser um
"amigo imaginário", pois as crianças ainda não sabem distinguir como nós
a realidade da fantasia. Assim como imaginam que estão a brincar com um
personagem de ficção (o Peter Pan, o Naruto, o Super-Homem, a
Cinderela), as crianças muitas vezes imaginam amigos.
Mas
também pode tratar-se de alguém que está no mundo espiritual, de um
Espírito, de alguém que já "morreu". Tem havido casos em que crianças
insistem em dizer que estão a brincar com Fulano, que descrevem ao
pormenor, e que se vem a descobrir tratar-se de um familiar falecido ou
de um antigo habitante da casa, que a criança nunca viu em fotografias
nem ouviu falar.
Por
isso, e segundo a filosofia espírita, o tal velho podia ser um
Espírito, sim senhora. Tem-se geralmente a ideia de que os Espíritos vêm
sempre para assustar, para fazer mal. Nem sempre é assim. Por isso, as
crianças, que ainda não foram influenciadas por filmes e histórias de
terror, costumam encarar esses fenómenos com toda a naturalidade. E com muita razão, pois os Espíritos são apenas pessoas como nós, que já viveram na Terra.
Acerca da questão do "cofre-aberto", que abordámos no post anterior respondendo a uma leitora, abordemos agora a parte do "cofre".
Antigamente, chamava-se aos Bons Espíritos, anjos. E chamava-se aos Espíritos perversos ou sofredores, demónios.
Como? Essencialmente, esclarecendo a pessoa. O que tem explicação racional deixa de ser assustador.
Sacerdotes, pastores evangélicos, curandeiros, magos, e todos os que agem por bem e por amor ao próximo, logram sucessos nesta área. O Amor é a força mais poderosa. É a força do Amor que faz o que muitos designam como milagres. E não é por acaso que se diz que "Deus é Amor"...
A quem se abeira do Espiritismo numa situação de despontar de mediunidade, actua-se em duas frentes:
Não nos interessa angariar adeptos para a nossa filosofia, de todo! O nosso trabalho é gratuito, é para todos, estimamos que cada pessoa tenha as suas convicções, e, no fundo, nós, espíritas, pouco fazemos. O trabalho é de cada um e é dos Bons Espíritos. Espiritismo não é profissão, e por isso mesmo os espíritas não cobram rigorosamente nada. Os centros espíritas subsistem com as quotas dos seus associados.
É uma proposta de emancipação e de Liberdade, a nossa. Dependermos apenas da nossa vontade, e, obviamente, da vontade de Deus.
Encorajamos a independência das pessoas em relação a todos os líderes terrenos. Defendemos a sujeição apenas às Leis de Deus. As Leis de Deus são, como disse Jesus, um "jugo leve", e que nos aponta o caminho da Felicidade.
Quem vive do negócio de "fechar cofres" ou de "expulsar satanazes", obviamente não gosta desta proposta...

Acerca da questão do "cofre-aberto", que abordámos no post anterior respondendo a uma leitora, abordemos agora a parte do "cofre".
Desde
sempre que houve pessoas com mediunidade, ou percepção extra-sensorial.
Certos tipos de mediunidade permitem que quem possui essa
característica capte a presença dos Espíritos, que os ouça, ou que os
sinta, ou que os veja, ou todas essas impressões juntas.
Todos
somos médiuns, mas geralmente designam-se por esse nome aqueles de nós
que têm a faculdade mais desenvolvida. A mediunidade é uma
característica do organismo. Não se "ensina" ninguém a ter mediunidade.
Nem há garantias de quem tem mediunidade a tenha sempre, ou que quem não
a tenha não venha a tê-la.
Tais
pessoas, muito mais comuns do que se julga, podem experimentar boas
sensações, más sensações, ou sensações nem boas nem más, consoante o
tipo de Espírito cuja presença captam.
Antigamente, chamava-se aos Bons Espíritos, anjos. E chamava-se aos Espíritos perversos ou sofredores, demónios.
Uma
das sensações menos agradáveis que podem ter os que sentem a presença
dos Espíritos, é o conhecido "aperto no coração". Daí que a imaginação
popular tenha criado o mito de que temos no peito como que um "cofre",
que quando está "aberto" deve ser "fechado", para não permitir a
"entrada" dos Espíritos.
Na
Antiguidade, acreditava-se na Magia. A Magia, nesta acepção do termo, é
a crença de que com rituais se consegue alterar o curso da Natureza.
Ainda hoje há quem creia na Magia e use amuletos, ou use substâncias ou
gestos rituais destinados a atrair a sorte, ou a espantar o azar...
No
caso do chamado "cofre-aberto", ainda se encontram curandeiros e magos
que se propõem "fechar o cofre". Dizem orações, fazem gestos rituais, às
vezes usam uma chave enorme aplicada na cabeça ou no peito da pessoa, e
não é raro vermos quem use uma chave ao pescoço, para manter o suposto
"cofre" bem fechadinho...
Estas
expedientes nasceram da necessidade de solucionar o que para muita
gente é um problema. A mediunidade em si não é um problema. O que é um
problema é a ignorância do que se trata, a ideia errada de que os
Espíritos "entram no corpo" das pessoas. De se ignorar o mecanismo do
fenómeno, nasce o medo, e o problema é o medo. Não é a mediunidade.

Que não nos interpretem mal... Não pretendemos de
forma alguma troçar da crença nos "cofres" e nas "chaves"! São tradições
antigas, e modos de interpretar fenómenos tão antigos como o mundo.
Só que o mundo pula e avança, e hoje já não há motivo para medos irracionais. A nossa intenção é contribuir para tranquilizar os que vivem assustados com o receio de que os Espíritos lhes entrem no corpo, ou na "morada", como também popularmente se diz.
Só que o mundo pula e avança, e hoje já não há motivo para medos irracionais. A nossa intenção é contribuir para tranquilizar os que vivem assustados com o receio de que os Espíritos lhes entrem no corpo, ou na "morada", como também popularmente se diz.
Ver,
ouvir, sentir ou falar por influência dos Espíritos, é coisa normal. É
uma faculdade como ver, ouvir ou cheirar. É um sexto sentido. Tem a
particularidade de ser fugidio. Aparece em qualquer idade e em qualquer
pessoa. E como aparece, pode desaparecer de um momento para o outro.
Quando irrompe, a mediunidade pode revestir-se de aspectos
desagradáveis.
Não se pode provocar a mediunidade a ninguém, mas pode-se educar a mediunidade.
Não se pode provocar a mediunidade a ninguém, mas pode-se educar a mediunidade.
Como? Essencialmente, esclarecendo a pessoa. O que tem explicação racional deixa de ser assustador.
Os
Bons Espíritos são discretos. Não se impõem, não assustam. O que pode
ser desagradável para quem começa a ter sintomas de mediunidade (ou,
como popularmente se diz, de "cofre aberto"), é a presença desagradável
de maus Espíritos, ou, pelo menos, de Espíritos ainda pouco
esclarecidos, que não se dão conta de que causam transtornos.
Muitas
pessoas que têm sintomas de mediunidade a despontar vão ao curandeiro
local para este lhes "fechar o cofre". Muitas vezes esse expediente
resulta. Não por causa de palavras sacramentais, de gestos rituais ou de
amuletos especiais. Os Espíritos menos esclarecidos, se o curandeiro
for uma pessoa de Bem, com bom coração, vergam-se ao seu ascendente
moral. O mesmo acontece com aqueles Espíritos que se vêm obrigados a
retirar-se perante a autoridade moral de um padre. Se o padre tiver
qualidades humanas, bondade, bom coração, é a sua autoridade moral que
força os Espíritos ignorantes ou maus a retirarem-se, e não a água-benta
ou o Latim.
Outro
desenlace comum é os espíritos perturbadores, por serem ignorantes, se
retirarem com medo da eficácia dos rituais e dos amuletos. Nesses casos,
escreve-se direito por linhas tortas...
Sacerdotes, pastores evangélicos, curandeiros, magos, e todos os que agem por bem e por amor ao próximo, logram sucessos nesta área. O Amor é a força mais poderosa. É a força do Amor que faz o que muitos designam como milagres. E não é por acaso que se diz que "Deus é Amor"...
No
Espiritismo, não temos a pretensão de nos apresentarmos como melhores
que ninguém. Pelo contrário. Só Deus sabe quem está mais próximo do que
mais conta, e que é precisamente a capacidade de amar a todos, até os
inimigos.
E
é nessa linha que o Espiritismo actua nestes casos: não repelindo os
Espíritos endurecidos ou ignorantes, antes esclarecendo-os e
acarinhando-os, pois eles são gente como nós. É precisamente por isso
que no Espiritismo se contacta com os Espíritos. Para esclarecer os
ignorantes, para colher instrução moral com os Sábios, e partilhá-la com
toda a gente. No Espiritismo não há nada de "oculto", porque não há
nada escondido.
A quem se abeira do Espiritismo numa situação de despontar de mediunidade, actua-se em duas frentes:
- Por um lado, esclarece-se os Espíritos que possam estar a perturbar e assustar. Mas em trabalho privado, sem a presença da pessoa e sem espectáculos.
- Por outro lado, encoraja-se a pessoa a esclarecer-se, pois o esclarecimento e o compromisso com o Bem, são a maior garantia de paz de espírito. Em vez de se colocar chaves ao pescoço, a nossa proposta é que cada pessoa seja a "chave" dos seus problemas, sem depender de ninguém: nem do padre, nem do pastor, nem do médium comerciante, nem do curandeiro, nem do guru, nem do pai-de-santo, nem do dirigente espírita.
Não nos interessa angariar adeptos para a nossa filosofia, de todo! O nosso trabalho é gratuito, é para todos, estimamos que cada pessoa tenha as suas convicções, e, no fundo, nós, espíritas, pouco fazemos. O trabalho é de cada um e é dos Bons Espíritos. Espiritismo não é profissão, e por isso mesmo os espíritas não cobram rigorosamente nada. Os centros espíritas subsistem com as quotas dos seus associados.
É uma proposta de emancipação e de Liberdade, a nossa. Dependermos apenas da nossa vontade, e, obviamente, da vontade de Deus.
Encorajamos a independência das pessoas em relação a todos os líderes terrenos. Defendemos a sujeição apenas às Leis de Deus. As Leis de Deus são, como disse Jesus, um "jugo leve", e que nos aponta o caminho da Felicidade.
Quem vive do negócio de "fechar cofres" ou de "expulsar satanazes", obviamente não gosta desta proposta...
28.12.09
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