segunda-feira, 16 de maio de 2016

O Mal Segundo Sócrates e Platão



Em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", o filósofo grego Sócrates é considerado por Allan Kardec como um percursor do Espiritismo.
 
Sócrates nasceu em 470 a.C., em Atenas, e é provavelmente o mais conceituado de todos os filósofos, não só pelo brilho das suas ideias, como pela humildade e coerência. que sempre demonstrou. Acreditava na virtude, na cooperação, e no desenvolvimento interior como forma de vida, por oposição à busca da riqueza material.

Pensa-se que tenha sido oleiro. O que parece certo é que não recebia pagamento pelas suas aulas de filosofia, tendo sido toda a vida pobre, apesar da sua enorme fama e valor.

Condenado à morte pelas suas ideias "subversivas", aceitou a sentença sem fugir de Atenas, quando teve oportunidade de o fazer. Explicou que essa atitude seria desertar da Filosofia, e se não tinha desertado na vida militar, não o iria fazer no campo das ideias que acalentava.

Entre as ideias "subversivas" de Sócrates, que tanto escandalizaram as autoridades, estava a crença em muitos dos pilares da doutrina espírita.

Não pretendem estas nossas pequenas croniquetas ser mais que um modesto aperitivo para a leitura das obras de Allan Kardec, e, como tal, convidamos os nossos leitores a fazerem o download de O Evangelho Segundo o Espiritismo e espreitarem, no Capítulo I, Introdução, o resumo da doutrina de Sócrates e de Platão, seu discípulo. Mergulhados num mundo pagão e politeísta, estes brilhantes pensadores pressentiram a ideia espírita. E daí terem pago um preço elevado. Sócrates pagou com a vida.

No que diz respeito ao assunto que estamos a focar nesta série de pequenos escritos, é de realçar que para Sócrates e Platão, o Mal era apenas a ausência do Bem. Platão chamava-lhe um não-ser, e Sócrates proclamava que os actos errados são consequência da própria ignorância, e não da acção de nenhum Diabo. Ele mesmo nunca se proclamou sábio.
 

 
Na imagem: uma representação neoclássica, do pintor David, da morte de Sócrates. Condenado a beber cicuta por defender heresias como a imortalidade da alma, Sócrates aceitou corajosamente o seu destino.
 
 
27.8.08

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