sábado, 14 de maio de 2016

O "Cofre Aberto" - Mediunidade não é doença


Recordamos o que é, na nossa concepção, o "cofre", ou o "corpo" ou a morada "abertos":

É o eclodir da mediunidade, ou seja, da capacidade de sentir e percepcionar realidades que estão para além do alcance dos cinco sentidos.

Convém que se pergunte:

- Se se trata de algo natural, como o Espiritismo defende, porquê tanta gente reportar mal-estar, por vezes bastante agudo?

Vamos servir-nos de uma pequena comparação. Imaginemos uma telefonia bem sintonizada. Quem sabe sintonizar as diferentes estações, roda o botão e sintoniza na que deseje ouvir, liga e desliga o aparelho sempre que lhe agrade, e sobretudo, quem sabe o que é uma telefonia, não se assusta por causa de uma "caixa" de onde saem sons!

É o que se passa nas primeiras manifestações da mediunidade. De um blog não espírita recolhemos e transcrevemos parte de um depoimento que ilustra bem o que afirmamos:

"Cofre aberto

Tenho-me afastado da mediunidade, pois esta afecta a minha vida, mas com o sucedido, esta que estava latente voltou em força e as minhas noites são preenchidas por sonhos, que ao acordar tenho de escrever e decifrar. São tipo alegorias ou enigmas em que cada " cena " representa algo no mundo real.

É mau mas sei que os meus tios estão juntos para onde todos iremos, a morte. Por amor a ela ele optou por ficar junto dela apesar que deveriam estar em estratos diferentes de evolução. Todos podemos regredir, subir é que não, se não formos merecedores disso. No entanto, vi o meu primo descer lá fundo e sentir-se perdido, desamparado, confuso. Terá de passar por várias etapas e privações para poder evoluir de novo. Senti que foi o desespero, e não a premeditação que o levaram a este acto de "loucura".

Sinto-me cansado. Tento preencher a minha vida com coisas materiais, de maneira ao oculto não me afectar. Contudo ele agora está por todo o lado. Esperemos que seja uma fase. Adormecer e não "dormir" e deveras fatigante."

Chamamos a atenção para a última frase: adormecer e não "dormir" é deveras fatigante. Não são raros os casos em que se produz grande desgaste físico e emocional, a requererem efectivamente acompanhamento médico. É como se a telefonia da nossa comparação estivesse ligada de dia e de noite, mal sintonizada ou transmitindo programas que desagradassem a quem tivesse de a ouvir.

Convém que se diga, também, que há muita gente que descobre que tem a faculdade mediúnica e assiste ao seu crescimento, e não passa quaisquer desconfortos.


 

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