terça-feira, 17 de maio de 2016

"Jogo do Copo" - Um Caso Típico

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Num dos muitos blogues que falam acerca deste tema, encontrámos uma entrada muito interessante, pois contém muitos elementos característicos do perfil do "jogador do copo" e relata uma experiência também muito comum:
"Todos nós sentimos curiosidade pelo mistico e mitos, pelo que ao mesmo tempo nos fascina e nos amedronta. Uma das coisas que "usamos" é o tabuleiro Ouija."
A autora do blogue é uma adolescente apaixonada pela literatura de ficção fantástica, e pela música "pesada", a condizer. Nos seus posts aborda histórias de deuses, de fantasmas, de monstros, de tudo o que é bizarro e assustador. 
O tabuleiro "Ouija" é uma prancheta com uma espécie de "jogo do copo" pronto a usar. A autora confessa que a possibilidade de contactar com o Desconhecido a fascina e a amedronta, bem como a muitos jovens.
"O tabuleiro Ouija pode ser uma experiencia muito interessante. Alguns acreditam que é uma porta para o outro mundo, o mundo dos mortos, e advertem para o seu uso indiscriminado. Mas a maior parte das pessoas vê o tabuleiro Ouija como uma diversão inofensiva, especialmente se não fôr levado a serio."
Mostra algum conhecimento do que é o tabuleiro "Ouija" e das opiniões correntes acerca deste: é uma brincadeira, mas pode ter consequências sérias.
"Eu, em adolescente, brinquei muito com este tipo de tabuleiro. Juntava um grupo de amigos e levavamos horas a brincar. Não era o tabuleiro Ouija, era o popular jogo do copo. Nada de especial se passava quando faziamos estas "sessões". Nós faziamos as perguntas e algum de nós empurrava o copo."
Sim, é verdade; muitas vezes a brincadeira do copo é uma galhofa pegada. Os participantes estão interessados em se assustarem mutuamente e em enganarem o parceiro, forjando respostas "dos Espíritos".

"Até que um certo dia, um professor faltou. Tinhamos um hora livre na escola e não sabiamos o que haviamos de fazer. Então alguem se lembrou de fazermos o jogo do copo. Uns foram fazer as folhas com as letras, as palavras sim e não, bem e mal. Eu e uma colega fomos ao refeitorio pedir um copo de vidro.
 
Juntaram-se umas 25 pessoas, a turma quase toda á volta do improvisado jogo. Sentados no chão fizemos um circulo, ninguem tocava no copo. Alguem se lembrou a "chamar o espirito" de um colega nosso que tinha falecido havia pouco tempo. 
Fizemos varias perguntas na brincadeira e nada. O copo não se mexia. Estavamos todos concentrados no copo, até que este levita a uns poucos centimetros do chão, começa a tremer violentamente e se parte em mil pedaços pequenos. Ficamos aterrorizados e cada um fugiu pra ser lado."

Cá está... Desta vez a brincadeira foi a sério. Não foi pelo facto de serem 25 pessoas, mas sim porque houve sintonia de pensamentos e vontade de contactar o mundo espiritual. 
Chamaram os Espíritos. Houve uma manifestação e ficaram assustados. Aqui está o cerne da questão: pessoas impreparadas podem ser presa fácil de Espíritos brincalhões que se divertem a assustá-las. Ou podem atrair Espíritos em estados de sofrimento, que acabam por se manifestar de forma traumatizante para os participantes da sessão mediúnica.

"Durante o resto do dia não fizemos mais nada a não ser falar sobre isso nas aulas. Estavamos todos muito nervosos e excitados com toda aquela experiência. Até que o nosso professor de historia, que era um bocadinho excentrico, nos deu uma hipotese plausivel. A força da concentração foi a responsavel pela subita "explosão" do copo. Todos nós temos força telecinetica, uns têm-na mais desenvolvida que outros."

Esteve bem, o professor, na nossa opinião. Tranquilizou os jovens. Mas o facto de se dar um nome a um fenómeno não o explica. Temos um grupo à volta de um copo, concentrado, a chamar um espírito. O copo estilhaça-se sem ninguém lhe tocar. Certamente alguma relação tem que haver entre as duas coisas. Ou então bastaria que nos concentrássemos, para que a "força da concentração" fizesse libertar a nossa "força telecinética" de modo a partirmos copos à distância. E todos sabemos que não é assim!
Até hoje acredito nisso, nada de espiritos malignos nem nada do genero.
Não acredito em espiritos mas tambem não digo: Ver para crer. Prefiro continuar a não acreditar. Mas adoro historias de terror e de fantasmas.
É muito interessante, este depoimento, porque a autora, na sua espontaneidade juvenil, deixa transparecer o raciocínio que muita gente crescida faz: "é possível que exista, as evidências apontam para isso, mas eu escolho não acreditar".
E mesmo quando vêem, não acreditam...

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