
A ideia de que existe vida após a morte é de todas
as épocas e lugares. Até ao final do século XIX, e mesmo depois, ainda
permaneciam no nosso planeta regiões e povos nunca antes contactados. Em
todas as regiões, por mais isoladas que tivessem estado, os
exploradores e os missionários encontraram evidências da crença na vida
após a morte e do contacto com os seres que morreram. Ou cujo corpo
morreu, para sermos mais exactos.
Na
Grécia e na Roma Antiga, culturas que marcaram a face do Velho
Continente e modelaram povos e nações, havia a crença de que os mortos
tinham, no outro mundo, penas ou recompensas de acordo com a sua conduta
nesta vida. Assim, aos justos seria dado viver juntos dos deuses, nos
Campos Elíseos, no Paraíso. Aos culpados esperava-os o Tártaro, o Hades,
o reino das sombras, onde ficariam, apartados da felicidade, revendo em
amargura e arrependimento os seus actos pretéritos.
Nos
distantes Índia, China, Egipto, Pérsia, no seio de todas as grandes
civilizações do Mundo Antigo, a mesma crença repetia-se, diferente na
forma, idêntica na essência.
A
ideia predominante foi sempre a de que o Bem conduz à recompensa e o
Mal ao castigo. O povo Judeu, no seio do qual nasceria Jesus, para além de ser reencarnacionista, também possuía esta crença.
O Sheol, para os Judeus, é equivalente ao Hades pagão e ao Inferno cristão.
A
Septuaginta, primeira tradução do Antigo Testamento, do hebraico para o
Grego, faz corresponder Sheol (Hebraico) a Hades (Grego).
Na Imagem:
Diagrama da concepção do Universo, segundo a Bíblia: em cima, a morada
de Deus; logo abaixo as "águas do firmamento" e o "firmamento dos corpos
celestes". Mais abaixo a terra, e sob a terra, o Sheol, ou Hades, a
morada dos mortos.
11.8.09
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