segunda-feira, 16 de maio de 2016

O Céu e o Inferno - 2

 


A ideia de que existe vida após a morte é de todas as épocas e lugares. Até ao final do século XIX, e mesmo depois, ainda permaneciam no nosso planeta regiões e povos nunca antes contactados. Em todas as regiões, por mais isoladas que tivessem estado, os exploradores e os missionários encontraram evidências da crença na vida após a morte e do contacto com os seres que morreram. Ou cujo corpo morreu, para sermos mais exactos.

Na Grécia e na Roma Antiga, culturas que marcaram a face do Velho Continente e modelaram povos e nações, havia a crença de que os mortos tinham, no outro mundo, penas ou recompensas de acordo com a sua conduta nesta vida. Assim, aos justos seria dado viver juntos dos deuses, nos Campos Elíseos, no Paraíso. Aos culpados esperava-os o Tártaro, o Hades, o reino das sombras, onde ficariam, apartados da felicidade, revendo em amargura e arrependimento os seus actos pretéritos.

Nos distantes Índia, China, Egipto, Pérsia, no seio de todas as grandes civilizações do Mundo Antigo, a mesma crença repetia-se, diferente na forma, idêntica na essência.

A ideia predominante foi sempre a de que o Bem conduz à recompensa e o Mal ao castigo. O povo Judeu, no seio do qual nasceria Jesus, para além de ser reencarnacionista, também possuía esta crença. O Sheol, para os Judeus, é equivalente ao Hades pagão e ao Inferno cristão.

A Septuaginta, primeira tradução do Antigo Testamento, do hebraico para o Grego, faz corresponder Sheol (Hebraico) a Hades (Grego).

 
Na Imagem: Diagrama da concepção do Universo, segundo a Bíblia: em cima, a morada de Deus; logo abaixo as "águas do firmamento" e o "firmamento dos corpos celestes". Mais abaixo a terra, e sob a terra, o Sheol, ou Hades, a morada dos mortos.
 
 

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